Um velhótinho bateu na porta do estúdio onde estive trabalhando no
Rio Grande nos últimos dois meses. Era um velhótinho com uma cara
humilde e passava uma sincera fraqueza. Um senhor bem arrumado, chapéu,
sapato e traje que não condizia com um andarilho ou um pedinte. Ele me
falou que tinha passado 20 dias no hospital por causa de um acidente, ele
tinha sido atropelado. Mostrou a perna com a cicatriz. Falei que não
sabia se podia ajudar ele mas deixei ele continuar a história. Ele
queria dinheiro para a passagem para seu povoado. Falou que nem a família dele sabia o paradeiro dele. Não sou de ajudar
pedintes dando dinheiro mas sim não dando nada. Nesse caso o senhor me
comoveu e me passou uma necessidade verdadeira. Dei 10 reais para ele!
Ele ficou feliz e falou que com o dinheiro dava pra comprar a passagem e
um lanche. Falei, "que bom. Vai lá, pega teu ônibus. A rodoviária é pra
lá". E para lá ele rumou. Fiquei feliz em poder ajudar essa pessoa. Minutos depois vou até a esquina e o senhor,
uma quadra distânte, trocou a sua direção e já não caminhava rumo a rodoviária. Será que ele foi fazer o tal lanche?
1 comment:
não importa a intenção dele, e sim a tua em ajudar.
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