Monday, April 02, 2007

Crítica

Quando se fala em filme brasileiro logo liga uma luz de alerta. Tipo aquelas luzes no painel do carro que avisa quando o motor está prestes a explodir. Essa luz preconceituosa avisa que:
- o tal filme pode lembrar uma novela global
- ou ser um filme forçado
- ou metido a besta
- ou um filme com sotaque carioca
- ou um filme que tem um gaúcho com sotaque forçado
- ou um filme que poderia ser uma novela das 6 ou 7
- ou um filme que tem diálogos forçados e você sabe o que vai acontecer
- ou um filme apelativo mostrando a beleza das brasileiras e uma putaria infernal
- ou um filme com uma história que você já viu, gêmios que trocam de vida, o filha que troca de corpo com a mãe
- ou um filme que é baseado em fatos reais (outra classe de filmes da TV que na maioria das vezes são deploráveis, brasileiro ou não. Salvo exceções)
Etc.



Esse fim de semana aconteceu algo semelhante ao que rolou quando assisti "Cidade de Deus". Naquela ocasião, eu, desligado das novidades cinematográficas chego no cinema sem pretenções de assistir um filme específico. Ai o próximo filme era um tal de Cidade de Deus. Vejo no ingresso já comprado do GNC a palavra: DUBLADO. Dou aquela torcida na boca murmurando a palavra: hummm! Mas como o filme já tinha até começado entro e vou a procura de um lugar no meio da multidão. Aquela palavra "DUBLADO" do ticket não saia da minha cabeça, nem consegui imaginar que o filme poderia ser bom pelo fato da sala estar cheia. A preocupação continuou por mais algum tempo. Até que a história começou e eu me dei conta que o software do GNC só deve ter opções duplado ou legendado para imprimir em seus ingressos. Mas beleza, Cidade de Deus é o melhor filme Brasileiro que eu já assisti. Todo o drama inicial se revelou uma curta comédia no final.



Bom, ontem alugamos o tal "O ano em que meus pais sairam de férias". Ouvi falarem bem desse filme mas as minhas refêrencias pararam por ai. Pouco antes de começar a assistir me dou conta que é um filme brasileiro. Parênteses: (na maioria dos casos não fico lendo sinópses ou quem é o diretor ou coisas relevantes nas caixas dos DVDs ANTES de ver o filme. Quem sabe depois.) Vamo a nota: 7. Destaque pra fotografia, direção de arte e principalmente pro elenco.

Falando em filmes Brasileiros e gaúchos bons lembrei do curta clássico estudantil: A Ilha das Flores. Recomendo pra quem incrivelmente passou batido por ele.

1 comment:

Leo Garcia said...

Gringo, o preconceito com relação ao cinema nacional tá cada vez diminuindo mais. Sim, tem os filmes globais estilo novela que lotam os cinemas. Mas todo ano tá saindo safras de coisas boas. Aluga por exemplo "Cinema Aspirinas e Urubus" que é bem afudê. Eu por sinal aluguei ontem "O Céu de Suely", ouvi boas referências, mas não vi ainda. Quero ver ainda "O Cheiro do Ralo" que tá pra estreiar, enfim...