Tuesday, January 22, 2008

A sociedade deixa recado

O mundo tá cada vez mais superficial. Essa história de ficar é um reflexo da sociedade, tecnologia, etc etc etc etc. É como eu costumo dizer... "é tudo culpa da globalização e do capitalismo maldito". O excesso de ofertas, a multiplicação das marcas, a aproximação dos povos, o êxodo rural... Ahhhh o saudoso êxodo rural, famoso nas aulas de Ciências Sociais dos anos 80. Bom, tudo influencia essa putaria toda. A fidelidade é para poucos. Uma hora é isso, e depois já não é mais isso e foda-se os outros. Sim, a individualidade é uma consequência da putaria atual e contemporânea. EXperiência própria? Sim. Eu nasci praticamente junto ao 186, windows. e fui crescendo... chat do ZAZ, IRC, ICQ, MSN, Orkut. Não tive como fugir das tendências da sociedade.

Pensa. Uma vez tinhamos que ligar e ir até a casa de alguém para conversar. Hoje a sociedade deixa recado. Manda um scrap. E quando conversa, fala com palavras digitadas. Não exite mais olho no olho e quando existe pensamos "bá, eu tenho que dar uma olhada no meu e-mail".

As gurias não gostam mais daquele único guri em especial... elas vêem várias possibilidades e perspectivas! Inclusive a perspectiva de virarem lésbicas. Bom, com o homem isso já está presente há mais tempo. O machismo e a diferença entre os sexos fez a mulherada querer ser igual aos caras que querem sair pegando. Pegando tudo o que consegue. Provando por esporte. Sim, virou um esporte chamado pegação. E a pegação gera pegação.

Existe esperança para mudar isso? Bom, antes de respondermos essa pergunta temos que pensar se realmente queremos mudar essa situação.

Vamos em busca do resgate do sentimento verdadeiro e duradoouuro? Vamos valorizar as pessoas que nos valorizam? Amar o próximo, paz, ecologia, economizar água e luz. Pronto, a hiperatividade tomou conta do post.

Sim, eu sou quadrado e hiperativo. Mas não vou estranhar se alguém me chamar de hipócrita.

5 comments:

Anonymous said...

7º .... Acho que as pessoas vivem em um ritmo tão frenético, preocupadas em ganhar dinheiro, que esquecem de ensinar valores aos seus filhos. Acho que muitos dos próprios pais até já esqueceram os valores que lhe foram ensinados... em uma época onde respeito era considerado muito importante. Para mim seu texto se traduz na falta de educação dos jovens... educação que é dada em casa.

Mudar? Acho que não tem como... o possível é preservar as poucas pessoas que existem com valores.... e que ensinarão ao seus filhos.

Obs. experiência é com X... acho que escorregou um s... rs... não leve a mal minha observação.

Rodrigo Troitiño - Troito said...

Bom, acho que a culpa não é dos nossos pais. Não sei nem se tem algum culpado. A evoloução quiça.

Obrigado pela observação. Nunca fui um expert no tal português. Faz algum tempo, uma professora de redação até comentou que esperava que eu me desce bem com o inglês no meu intercâmbio nos EUA. Isso porquê que aqui no Brasil com o português tava complicado.

Anonymous said...

Quando me refiro aos pais, me refiro a gerações mais recentes... falta orientação e o aprendizado acaba sento televisão (corrompida).

É isso acontece, mas você teve sorte pois seu ingles é bom.

Heleno Schneider said...

Fala mestre!

Realmente "é tudo culpa da globalização" ehehhehe. Vou colocar alguns contrapontos aqui, para estimular a discussão.

A individualidade é realmente um fenômeno do mundo moderno, consequência de muitos fatores, entre outros o êxodo rural e a urbanização. Outro fator é o imperativo de sermos "tudo que podemos ser", em detrimento de outros valores como a coesão familiar, o respeito às diferenças, etc. Mas se, por um lado, isso corrói alguns elos, por outro, permite alternativas que nunca estiveram disponíveis em outras época. Há pouco tempo atrás podíamos escolher nossa profissão, desde que fosse advogado, médico ou engenheiro. Como dizia Ford: " Quanto ao meu automóvel, as pessoas podem tê-lo em qualquer cor, desde que seja preta." Heheheheh..

Também tínhamos poucas opções quanto aos nossos relacionamentos: tem que casar e pronto. E depois de casar, tem que viver juntos até que a morte os separe. Em muitas sociedades, nem se podia - e em muitas nem se pode - escolher o parceiro (antes parceiro do que cônjuge, que é uma das palavras mais feias da nossa língua, como disse LFV). Hoje, como tu diz, é uma putaria. Não gosto mais de ti, então vou tentar uma outra pessoa. E assim, "if you believe in love at first sight, you never stop looking". A frase do filme Closer, que representa como poucas obras essa confusão amorosa. Se a pessoa tem filhos, a situação fica ainda mais complicada, e muitas vezes apenas se pensa no próprio bem estar, sem levar em conta toda infelicidade que representa uma separação para os filhos (sim, as pesquisas mostram que as marcas são profundas, embora não incapacitantes). É mais fácil desistir do que tentar. Mas também, se tudo

Repito tua pergunta: queremos mudar tudo isso? Talvez sim, talvez não. Fato é que entramos numa espiral da qual não saíremos de forma tão fácil, se é que saíremos. Como sempre, mudanças trazem coisas boas e ruins. E se podemos ter certeza, é que mudanças ocorrerão. O que não muda é que apesar de todas reviravoltas, homens e mulheres estão destinados a viverem em semi-conflito. A teoria da evolução explica...

Abraço!

Rodrigo Troitiño - Troito said...

Valeu Heleno!
Muito boa a tua contribuição. Bom, certamente haverá uma evolução. Agora se é pro bem ou pro mal já não podemos saber. Abração