Monday, January 11, 2010

As Duas Fridas

No blog da Natália Dörr, a minha amiga e bióloga particular, me deparei com o quadro da Frida Kahlo, As duas Fridas. Então, tentando fazer uma colaboração ao seu post super técnico escrevi a seguinte interpretação da tal arte:

Falamos da Frida então. Pensando nessa pintura, na informação que esse quadro foi datado no ano que ela se separou e lembrando que a moça Frida tinha um lado homossexual, ou seja, pra quem não entendeu e não conhece a história dela ela era lésbia (ou tornou-se). Veja bem, do lado esquerdo ela aparece vestida de mocinha, com o coração partido e uma tesoura na mão. Do lado direito ela está vestida de uma forma mais, mais, mais simples e seu coração intacto. Na minha interpretação ela matou o lado mocinha de ser e passou a viver seu lado lésbico. Fui longe? Faz sentido?

Bom, lembrando que a arte depende da visão de cada um. Cada um vê da sua forma e depende do artísta deixar isso mais amplo ou menos. Também não estudei o quadro profundamente, possivelmente exista outras informações relevantes para interpretar esse quadro.


Obs.: Importante, não quero dizer que ela depois disso resolveu gritar para o mundo: "virei". Mas acredito que um trauma ou um desapontamento muito grande PODE influenciar nas tendências sexuais.



Mais informações para interpretar esse quadro aqui.

3 comments:

Natália said...

E Voalá!!
Nada como um amigo e "artista/publicitário particular" né!

Bacaníssimo =)
Grata pela contribuição.

Bartleby Toon said...

Olá. Não faz sentido nenhum... Lamento dizê-lo, mas é o modo mais gracioso de ser justo.
Essa tendência desesperada de julgarmos que conhecemos as pessoas intimamente a partir da enorme e entrópica confusão de informações é preocupante. Os nomes (substantivos) só são plenos de sentido quando podemos associá-los com clareza a alguma coisa. Colocar um rótulo a dizer "sal" numa caixa com sal dentro dela, parece-me justo. Ignorar a própria história da Frida Kahlo, alguns pormenores do quadro (como o retrato de Diego), as cartas e o diário da autora, construindo uma interpretação simplista e cheia de clichés da cultura média contemporânea, retirando toda a beleza sugestiva e sofrimento contraditório da pintura é, no mínimo, injusto. Respeito a opinião, mas julgo que esteve a jogar tiro ao alvo com tomates maduros... Convém ser mais humilde e estudar mais, antes de se expor publicamente uma opinião. Há muita gente que usa a web para conhecer. Imagine o contributo que está a dar a quem está a começar o seu conhecimento sobre esta pintura ou sobre esta pintora?
Bem haja.
Cumprimentos.
António Pinto

Rodrigo Troitiño - Troito said...

Muito obrigado Antonio. Sinto falta de que meu blog seja um intercambio de informações e debate. Seja bem-vindo quando quiser aparecer e comentar.

Sobre o meu Post. Bom, deixei claro que não estudei o quadro profundamente e seus pormenores e que as minhas palavras eram minha (humilde, sim) interpretação. Por isso perguntei: "fui longe? Faz sentido?" Bom, longe de mim querer dizer uma verdade absoluta. Essa, muitas vezes, nem o próprio artista possui. Não sou estudioso do assunto e a maioria dos meus posts são devaneios psicodélicos e dificilmente faço uma interpretação de um quadro ou filme ou o que for. Acho que isso é muito pessoal e depende muito da informação que cada um possui sobre a vida, o mundo, a obra, a artista, a arte...

Bom, de qualquer modo no fim do post deixei um link para uma interpretação mais acadêmica. Mas Edevânio Francisconi Arceno (autor do artigo) também deixa claro que sua interpretação não é profunda.

Vi no teu blog que tens um post sobre Frida mas também não vai muito longe. Certamente vou levar em conta tuas palavras. Tem coisas no meu blog que volto a ler depois de muito tempo e penso "onde eu estava com a cabeça?". No caso desse post, provavelmente eu havia me deparado com a questão "bisexual" de alguma moça e isso influenciou a interpretação.

Enfim, obrigado.
Rodrigo Troitiño