Monday, January 11, 2010
A Escritora de Fábulas
90% desta fábula foi escrita em agosto de 2008. Agora, janeiro de 2010 está pronta. Voalá:
Era mais um dia na vida da escritora de fábulas infanto-juvenis Marie Cláudia Antoniella. Café de moca pronto, torradas e croasans para um mega café da manhã da família Antoniella. Ela, seu marido e três filhas vivem na casa de dois andares, 3 banheiros, 4 quartos e um piano de rabeta. A mesa estava posta, tudo parecia estar pronto para mais um breakfast digno de propaganda de margarina. Mas aparencia engana, e enganou. Marie criou espectativas quanto a surpresa que havia preparado para suas filhas e seu marido. Era uma forma de mostrar carinho e amor. O resultado não foi nada o que ela sonhou, assim como sonha em suas fábulas.
Filha número 1 - Chegou na cozinha e se deparou com a fartura. Pegou um copo, encheu d'agua da torneira e saiu porta a fora dizendo: "Tô de dieta, mãe. Tenha um bom dia."
Filha número 2 - Passou pela cozinha gritando com a mãe: "Nuuunca mais me acorda tão cedo". E saiu sem comer.
Filha número 3 - Surgiu límpida e suave. Deu um beijo na testa de sua mãe e sentou-se alegremente na mesa.
Marido - Ainda com forte e temeroso bafo matinal revela: "Tenho outra!"
Fim da fábula.
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2 comments:
Niklas Luhmann curtiria tua fábula.
;)
Segundo ele, somos movidos por expectativas!
Mas, deixe eu dar o meu pitaco.
Realmente não devemos ter tanta expectativa quanto à reação dos outros, não agir esperando algum retorno positivo delas, não montar o script todo na cabeça.
Porém, contudo e entretanto, o que custaria as filhas terem agradecido a mãe pelo café?
Alguns atos de bondade e agradecimento não fariam mal a ninguém.
Frustrar as expectativas dos outros parece uma expectativa normativa... e isso é triste sim, pelo menos eu acho.
Mas é a realidade.
Por isso... reality sucks.
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